[GSK] Atravessando os desafios
Aula ministrada por Gurusangat Kaur Khalsa em 23 de setembro de 2016
[GSK abre a aula]
GSK: Bom dia! Vocês estão bem?
Aluna: Não!!
GSK: Quem falou "não"? Finalmente alguém fala a verdade! Tá certo! Vamos começar com o "não estou bem". Mais alguma coisa que você queira acrescentar?
Aluna: Fiquei muito indignada com esse projeto de que não vai ser mais obrigatório filosofia, nem as artes, sociologia, educação física nas escolas. Eu fiquei preocupada com isso ontem, vocês lembram?
GSK: Eu li o projeto ...soltaram uma nota dizendo que é obrigatório até o fundamental, e depois é optativo. É muito preocupante. A história é esse Enem. O ensino precisa de uma transformação tão gigantesca, até que as pessoas compreendam que, como é o modelo nosso de educação em Miri Piri, a arte e o corpo são o que estrutura todo o conhecimento. Enquanto nós não compreendermos isso, nós nunca vamos fazer a coisa certa. Vamos fazer só para colocar menino dentro de faculdade e deixar os meninos saírem mais frustrados e mais perdidos que antes.
Mas os tempos estão difíceis e nós precisamos ficar alertas em nossas orações. Se nós fôssemos uma sala de aula norte-americana, nós estaríamos sofrendo, com o estômago na mão, porque estaríamos na iminência de termos um presidente como o Trump. Se nós estivéssemos na Alemanha, ou na Itália, ou na Espanha, ou na Inglaterra, fazendo aula de Kundalini Yoga, nossos corações estariam pequenos e apertados porque estaríamos comendo, dormindo, olhando pela janela e vendo os refugiados morrendo em barcos nas águas. Se nós estivéssemos no Japão, fazendo uma aula de Kundalini Yoga, a gente estaria com o coração na mão, porque nós temos o vizinho de baixo apontando para nós uma ogiva nuclear que pode explodir a qualquer momento. Entendem?
Essa é a famosa Era de Aquário, em que todos os processos até então conhecidos vão ser remexidos, e sempre, num processo de transformação. A primeira fase nos deixa indignados, porque sempre revolve, tira do lugar uma coisa que nós tínhamos por algo que ainda não existia, como uma pré-intenção de renovar. Mas não é nada uma pré-intenção de renovar, é apenas um outro lado tão grotesco quanto aquele que existia. E é assim até que isso tome posse de nós e aqueles que permanecem claros em suas consciências continuem projetando aquilo que tem que ser, até que esse processo ceda e dê lugar a realmente algo novo.
O momento é muito difícil. Eu fico imaginando a predição do Yogi Bhajan de que nós não teremos mais políticos a partir de 2018. Ele dizia que nós não teremos mais essa forma estruturada do político que a gente conhece hoje. Teremos realmente uma democracia em que as pessoas se manifestam e participam através de outros meios. Nós não sabemos ainda como seria a sociedade sem políticos. E é justamente isso que mete medo, porque esse é o tal desconhecido. E para fugir desse desconhecido, as pessoas desmontam, desconstroem a possibilidade. Só que essa história é inevitável. É como nós estamos caminhando, é inevitável. E toda a desestruturação que a gente vê hoje no mundo inteiro faz parte desse conjunto. Eu não estou falando isso porque sou uma filósofa e penso o mundo, não. Eu estou simplesmente olhando o que está escrito no Siri Guru Grant Sahib e para o que Yogi Bhajan sempre dizia: quando a Era de Aquário mal tiver entrado, vocês vão ter saudades da Era de Peixes, porque era uma época em que mais ou menos as coisas tinham nome e estavam sob controle. A gente sabia que uma posição defendida por uma pessoa vinha com esses valores e que na prática seria implementada dessa maneira. Hoje não tem mais isso.
As coisas realmente estão caminhando largamente para um caos. É justamente não temer esse caos. Mas ao mesmo tempo não ser aquele espectador do caos, babando com os caninos para fora. Não. Não é desse jeito! É continuar com o nosso tônus, deixar bem claro o nosso ideal e os nossos valores para que todo mundo veja quem a gente é, como a gente quer o mundo, como a gente pensa a vida, para que isso reverbere, para que isso seja uma referência.
É muito importante a Sangat nesse momento, que é quando a gente pode conversar sobre essas coisas e saber que mesmo entre nós. Na nossa Sangat, a gente tem vários matizes políticos, mas nós temos ou deveríamos ter – e eu acho que temos –, o mesmo ideal, uma mesma projeção. Todos nós somos incapaz de querer um mundo que não seja justo ou de querer um mundo justo e excluir os animais. Não é possível! Nós somos incapazes de não querer inclusão, nós somos incapazes de não querer justiça social. Nós somos isso, embora nós tenhamos entre nós matizes diferentes. Mas nós não nos juntamos porque nós temos todos uma mesma cor, uma mesma definição desse matiz. Não é isso que nos une.
Guru Tegh Bahadur dizia que na Era de Aquário vamos nos juntar não porque pertencemos a uma mesma tribo. Nós nos juntamos porque temos uma mesma consciência. Isso é que tem de ser motivador para a gente continuar trabalhando. Talvez agora faça muito mais sentido do que antes, quando não estávamos vivendo nada disso. Eu disse isso em 2009. Em 2008, nós fizemos o primeiro Gurdwara aqui. Eu dizia isso e todo mundo pensava que o que o Guru Tegh Bahadur estava dizendo assim: espírita, católico, judeu, protestante, ateu, isso não nos une, o que nos une é a consciência. Não é só isso, é muito mais do que isso. Isso é o que a gente está vivendo hoje também. E é claro que quando a gente carrega o mesmo valor, nós mesmos vamos ser aqueles que vamos definir quem desses políticos se afinam com esses valores ou não. O valor define mais ou menos a trajetória. A gente tem de pesquisar e conhecer. A direção que a gente está tomando no mundo político é de um contato pessoal. A gente precisa conversar e conhecer esses políticos e dizer o que nós queremos e o que estamos pensando.
É só para vocês entenderem que nós não vamos excluir nenhuma possibilidade. O que nós queremos é saber o que aquela pessoa pensa, como ela se relaciona com o problema. Nós não podemos, ao ficar mal, perder nossa esperança e a nossa projeção. Eu me lembro muito bem desse dia, quando eu tive de me ensinar isso, foi na semana de prisão. Agora todo mundo já sabe que eu estive no xilindró, isso não é novidade para ninguém, então eu posso falar. Mas não foi porque eu roubei a casa da vizinha, não! É porque eu estava em Cuba. Eu fiquei na mesma cela da mulher do Brizola e ela era totalmente desesperada com a situação. Ela era mais velha, eu era muito jovem e eu pensava que todas as vezes que eu tivesse que me deparar com esse incômodo de ser interrogada e ser agredida, eu não iria ouvir o que eu sentia, porque o que eu pensava era como agarrar alguma coisa e enfiar no guarda. Eu pensava como mataria aquele cara, como é que eu me defenderia, mas eu não tinha força pra isso. Então eu pensava: isso eu não vou fazer. Eu reconhecia que eu estava muito mal, eu estava me sentindo desprotegida. Eu entendi que fugir era só em filme. Ali, naquele momento, você não tem muito o que fazer. Aí eu me lembro de projetar - foi a primeira vez que o Kundalini Yoga entrou na minha vida, anos-luz antes de eu o conhecer - que eu estava absolutamente tranquila e que eu tinha nenhuma dúvida de que eu sairia dali. Eu não tinha nenhuma dúvida. A minha força de projeção era tão grande, que quando o guarda, que vinha nos interrogar, fazia tudo que ele tinha de fazer com a mulher do Brizola e me poupava. Eu tentei ensinar isso para ela, mas ela achou que eu era doida. E uma coisa absurda aconteceu naquela cela.
Ela me perguntava o que eu tinha ido fazer em Cuba, eu falava que fui participar de um congresso de medicina, o Saúde Para todos, no ano 2000. Ela falava que eu não tinha ido para Cuba politicamente e, dentro de cela, a mulher do Brizola me discriminou. Olha o absurdo! E isso a gente corre o risco de fazer: quando a gente julga baseado apenas em alguns critérios que são eminentemente biológicos. Isso eu aprendi a não fazer. Eu dediquei a minha vida inteira a construir esse mundo. Mas só porque ela tinha uma bandeira política e foi para Cuba em nome dessa bandeira, ela achou que era legítima a prisão dela e a minha era ilegítima. Esse grau de insanidade!
Eu quero que a gente discuta a realidade. Esse projeto educacional está ruim, então vamos mandar carta, vamos escrever, vamos ouvir educadores, vamos sair do impacto inicial. Vamos entender o que várias pessoas estão dizendo. É assim que a gente transforma. E a minha aula para hoje é impressionante, é para saúde e abertura. Se a gente não incorporar, a gente vai rejeitar apenas com base no que fez a mulher do Brizola. E tem ainda uma coisa impressionante como resultado da prisão. Como eles injetaram urina do guarda nos meus joelhos, era para eu ter ficado paralítica para o resto da vida. Eles só fizeram isso porque eu era jogadora de vólei e era cortadora. Acharam que tirariam de mim aquilo que eu tinha, que era meu instrumento de prazer. E eu por muito tempo fiquei sem poder assentar em easy pose. Até que um dia eu entrei numa sala de Kundalini Yoga e lembrei da minha projeção naqueles dias na prisão. E eu disse: nunca ninguém vai me impedir de ser uma iogue e assentar desse jeito. É um direito que eu tenho. Eu não estou dizendo que tudo depende da gente, não, mas... tudo depende da gente. É a força da nossa projeção. Se está no carma da gente superar aquilo, a gente vai superar. Se não está, a gente vai se submeter, mas pelo menos a gente tenta. Não deixe que o meio externo limite e defina vocês. O meio externo não pode nos limitar e nos definir. Nós somos livres e soberanos para nos definirmos.
Kriya: For Health and Openess, do livro Kriya, p. 63.
Esse mantra (Wah Yantee) é uma herança de Patanjali para nós. O Yogi Bhajan incorporou o Patanjali para nos lembrar da nossa universalidade. E esse mantra trata dessa trindade. Da realidade como ela é. Sempre a realidade vai nos trazer luz e sombra. Ela sempre tem um lado bom e um ruim, em tudo, em tudo, sem exceção. O negócio é a gente pegar o terceiro elemento desse mantra, que é a neutralidade do olhar que mira a realidade e entender o que a realidade está comunicando. Nós temos uma tendência de não usar a mente que discerne, e a gente sempre vai para a realidade. E nós decidimos no impulso que nós vamos nos conectar com o lado bom ou ruim. E é claro que ninguém conecta com o lado ruim porque quer, mas porque o olhar acha que aquele aspecto, que para uns é ruim, para outros é bom. Então a gente polariza o tempo todo. A gente precisa realmente de uma distância para olhar para a realidade e não impedir que ela se revele. Não temer o ruim, não querer buscar só o bom. Mas ao mesmo tempo, não excluir o ruim.
É nessa composição que há a transformação. Esse mantra ajuda a gente a lembrar isso o tempo todo. Nós estamos passando por um momento muito particular. É muito bom, inclusive. Muito duro, mas muito bom. E, gente, esse modo de termos construído politicamente a sociedade é muito antigo. Ele é patriarcal. Nós sempre achamos que esse modo ruim de construir a história, a política, a sociedade, sendo patriarcal, ele era – vou por grandes aspas – era dos “conservadores da direita” – grandes aspas. Mas não é. É o modo patriarcal de construir a sociedade. Como nós vimos no nosso Khalsa Training para Mulheres, nós aprendemos um outro modelo. Um modelo baseado na força feminina de construir a sociedade. Então esse modelo patriarca, que tem a seguinte máxima "para os amigos tudo, para os inimigos a lei", não é só um privilégio da direita. Não é mesmo. Vocês não sabem, mas quando houve a revolução da Rússia, a chamada Revolução do Proletariado, a ditadura do proletariado, como eles diziam... Vocês sabem quem colocou Lenin dentro da Rússia? Ele tinha sido exilado e morava na Áustria. Quem foi que colocou Lenin dentro da Rússia? O arqui-inimigo russo. Vocês sabem como esse arqui-inimigo chamava? Deutschland, Alemanha. Por um interesse único, a Alemanha precisava conter a expansão da Rússia nos Balcãs. E a única maneira que a Alemanha podia fazer isso, para a Rússia não engolir a Áustria - que era o que a Rússia queria, chegar até a Áustria – essa é toda a história da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha promove o retorno de Lenin para dentro da Rússia. Vocês entendem o que eu estou dizendo? Trotsky, onde ele morava? Vocês acham que Trotsky morava na Sibéria? Não. Ele morava nos Estados Unidos.
A realidade é muito mais complexa, e essa história do patriarcado fazer política dessa maneira não nasceu hoje. Nasceu há muito tempo e ela é uma maneira da psique patriarcal fazer política. Não é um privilégio da direita, nem da esquerda. É o modo de se fazer política. É isso que nós temos que revogar. É isso que nós temos que revogar. Mas pra gente revogar isso não adianta ficar olhando para a realidade e pinçando. Aqui tem uma frase do Yogi Bhajan em que ele fala: quando você anda reto, Deus anda em volta. Quando você anda em volta, Deus se coloca para o lado. Fala: Epa, esse cara está querendo andar em volta. Deixa eu sair, não quero trombar nesse cara. Então, todas as vezes que você anda, atravessando as suas dificuldades, mas você tem de chegar ali, então você continua andando, como ele fala, todo mundo está andando, você está andando, está tudo bem, continua andando, continua andando... Não começa a pirar não, porque na hora que você pira, você começa: ah não, aqui está muito difícil, vou ali não, muda de ideia, vou mudar para cá, depois muda de novo. Então quando você começa a andar em volta, Deus se coloca fora. Quando você anda reto, ele se coloca em volta. Quando vocês caminham reto em destino, em valor e vai atravessando as dificuldades, é claro que você precisa de um tempo para mostrar que você chegou aonde você tinha de chegar. A gente tem de ter essa paciência porque não vamos começar a andar hoje e chegar amanhã. E lembra, quando a gente anda convicto e reto, Deus anda em volta. Nós só estamos juntos para refrescar essa memória, nós não queremos mais pedir aliados para colocar a gente em um lugar. Nós queremos chegar no lugar porque a gente tem de chegar lá e a gente precisa da psique feminina para fazer isso. A gente precisa de valores para fazer isso. E é isso que nós vamos fazer, nós vamos reconstruir, nós temos de fazer isso. Mas lembrem-se de não pinçar da realidade, isso eu quero e isso eu não quero, you pick and choose, assim você treina a si mesmo a ser limitado. Essa é a educação da limitação. Quando você não escolhe, mas você escolhe o objetivo, tem de chegar em um lugar, você cai atravessando as contradições, as dificuldades, lutando, afogando, levantando, respirando, morrendo, nascendo, mas você vai e aprende a não ser limitado. E aí é sucesso. Pode demorar, mas é sucesso. Vocês compreendem isso?
Isso é muito largo, muito amplo. Como diz a Shanti, nós precisamos descobrir o modo da força feminina fazer história. Nós ainda não tivemos chance. Eles nos pararam há cinco mil anos. Mas a Era de Aquário é a Era da Adi Shakti. É a nossa Era. Por isso a gente precisa criar essas crianças, que vão fazer essa história. Eu sinceramente me sinto redimida com essas crianças, que é a elas que temos de ensinar. E a gente continuar dando exemplo. Então o que fazer com esse Gótico de Vida Picante, o Frankenstein? Nós não podemos fazer nada. Nós temos que continuar a fazer o que estamos fazendo para que a realidade, com nosso trabalho e a nossa projeção, vá mudando. E a gente segura as nossas bandeiras, mas não vamos reduzir a um lado apenas negativo, porque ele revela algo da história. E porque a Alemanha quis a Áustria para si e mandou Lenin para a Rússia, a gente teve a Primeira Guerra Mundial. Triste. Tristíssimo. Olha quanta gente morreu. Mas teve coisa boa: a gente desenvolveu a nossa indústria, nossa medicina... No século XVI, a gente tratava febre bubônica furando a coluna para sangrar a pessoa. Assistam os Tudors, vejam a Ana Bolena. Que atraso! Será que a humanidade é isso? Ela tem de criar o caos, a excreção para ela poder criar algo melhor? Parece que sim, pois isso aqui é o campo do Carma. E é o nosso teste do Dharma. Então olhando para trás, parece que a gente precisa do horrível para uma coisa boa nascer. Aí quando uma coisa boa nasce, fica boa demais e começa a criar raiz, vem uma coisa horrível e destrói. É isso que é. É isso. Não tem jeito de ficar só assim...eu quero isso aqui. Este é o campo do Carma. Lembra, mandei o Dhan Dhan traduzido para vocês: este é o corpo do Carma e é nele que a gente experimenta o Dharma. É na contradição que a gente vai experimentar a construção. Sempre venham com esse tipo de dor, para a gente poder tratar e vocês não terem que ficar terapizando as coisas.
Aluna: Guru Sangat, você nunca pensou em entrar para a política? Aposto que muita gente já pensou isso.
GSK: Não. Não. Não. Eu não quero me engessar numa instituição que está morta. Eu quero fazer com vocês essa construção. Eu sou importante aqui. Lá, eu não posso fazer nada. Quem pode fazer alguma coisa nessa estrutura? As pessoas de lá precisam de nós. É muito importante alguém que faça educação. Nós queremos educar as pessoas. Eu não acredito em totalitarismo da maioria, não acredito. Eu adorei viver sob a benevolência de um autocrata. Yogi Bhajan era o autocrata benevolente. Essa ditadura da maioria está sendo revogada. Nós já temos os meios para fazer isso. O feminismo é isso, não existe uma ditadura da maioria. Eu quero continuar fazendo o que eu faço. Vocês rezem para mim. É aqui que eu quero estar, até eu morrer. Eu vim para fazer isso. Eu quero ser um poço de esperança para vocês quando vocês precisarem. Não importa como eu me queime, mas quero continuar a ser esse poço de esperança porque o Yogi Bhajan foi isso para mim. Ele declaradamente foi um democrata. Quando ele sai de Espanhola e vai falar com o Bush para não atacar o Iraque, ele estava a serviço de uma coisa muito maior. O Bush não ouviu, mas a gente tem de estar a serviço dessas pessoas. E a gente pode estar a serviço delas de várias maneiras. Muitas vezes isso é um trabalho anônimo. Não significa que a gente não está fazendo nada. A gente só está anonimamente fazendo alguma coisa. Cada um de nós faz anonimamente, e foram os professores da Corrente Dourada que nos incumbiram desses trabalhos. É anônimo, nós estamos fazendo. A gente só não faz quando a gente polariza, quando a gente entra naquele clube dos meus amigos. Aí a gente não está fazendo nosso trabalho. Aí a gente está andando em volta.
May the long time sun…
[Transcrição: Sada Ram Kaur]
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