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Como é servir no Tantra?

Por Satya Amrit Kaur


Estava cansada, tinha dormido muito tarde depois de um dia extremamente cansativo. Pensei então em ir mais tarde, chegar por volta de 7:30, descansar um pouco mais. Mas o telefone tocou às 4:20 era o Simram Jeet (simram: fluxo profundo de espiritualidade, jeet: vitória) para me “dizer” que aquela era a hora de começar a servir. Siri Jot (Siri: indescritível, Jot: raio de luz) me esperava no Hotel para irmos juntas para a sadhana. Estava a postos e, em 30 minutos, pronta.


Chegamos lá, estava começando a amanhecer. Fui abençoada ao ter que ficar, por alguns minutos, ao portão de entrada, em frente à imensa lagoa e embaixo de um céu profundamente azul. Foi quando vi um avião a jato, subindo verticalmente deixando um rastro branco entre algumas nuvens. Naquele momento senti, com uma lágrima que desceu, uma grande saudade de “Casa”. Eu queria ser aquele avião e pensei: no dia em que partir, poderei deixar todo o peso, todas as lutas e batalhas e simplesmente flutuar livre e leve em direção àquela imensidão, deixando apenas um rastro suave e claro. Que sensação plena de amor e entrega pude experimentar naquele exato momento. Voltar para a Casa era tudo o que queria naquele instante.


O porteiro chegou, voltei para o que estava fazendo, coloquei a manteiga e os pães na mesa. Assim o dia começou e terminou, entregue ao que precisava e devia ser feito.


Como é servir no Tantra? É assim, como voltar para a Casa envolta num Amor profundo, compartilhado entre lágrimas e sorrisos, envolta num indescritível raio de luz vindo do infinito para iluminar o finito.


Sat nam!

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